quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Natal.

Durante muito tempo adorei o Natal e as emoções que com ele trazia atreladas... ignorante desconhecia que isso tudo não passava de meras fantasias que mais tarde ou mais cedo o destino quebra.
Mesmo que não queiramos vamos ter sempre de levar com as músicas de Natal, com os enfeites e os votos (isto quando não são falsos) de um Feliz Natal!
Nestes anos aprendi a passar pelo Natal e a fazer de tudo para que ele corra bem, ainda que por dentro me traga um sentimento de vazio e saudade imensa que nunca ninguém irá conseguir apagar! Mais um ano, mais saudade, mais vazio, mais lágrimas... mais tudo o que devia ser menos e menos quem devia cá estar, ao nosso lado, para abraçar até sufocar.

E eu, teimosa, insisto sempre no mesmo pedido de Natal: vocês aqui, bem perto de mim.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Deitar fora...

"Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias... esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo."

Margarida Rebelo Pinto